Ano: 2016
Área Total: 1.000m²
Localização: Rio de Janeiro

Não se vê terra à esquerda ou à direita.

Só mar e as ilhas Tijucas. E céu. E os pássaros marinhos como Fragatas, Gaivotas e Atobás.

E só se ouve o mar e os ventos. E os pássaros. O agradável choque dos cascos dos barcos com as ondas.

A inspiração

É como se a casa fosse uma nave cortando as ondas em busca do horizonte.

E foram essas ondas que serviram de inspiração para o desenho da cobertura que protege a construção do inclemente sol carioca.

O terreno onde deveríamos desenvolver esse projeto de residência tem a excepcional característica de estar em plena cidade do Rio de Janeiro, de frente ao mar.

Mais exatamente 65 metros acima do mar, sobre um íngreme monolito de granito voltado perfeitamente para o Sul. Esta orientação faz com que todas as vistas da casa sejam apenas mar.

A complexidade da cobertura

A geometria complexa da cobertura coberta com taubilhas de pinus é gerada por grandes vigas curvas de madeira laminada de eucalipto. Essas vigas são apoiadas sobre pilares de seção circular em aço galvanizado.

Fazer o máximo com o máximo

Devido ao grande programa proposto pelos clientes, à relativa estreiteza do terreno e aos altos muros vizinhos, resolvemos estender a planta da casa de vizinho a vizinho e criar aberturas para a frente (rua de acesso) e para os fundos (mar) do terreno.

A casa se desenvolve em quatro andares acessíveis por escadas e um elevador com pistão hidráulico em vidro. O nível de acesso conta com a área de serviço, cozinha e sala de estar/jantar. O nível imediatamente acima tem quartos para empregados, quarto de hóspedes e sala de televisão. O nível inferior ao de acesso é o contato direto com a natureza.

Uma piscina sinuosa de borda infinita separa o mar do jardim gramado. Temos ainda uma árvore (pé de acerola) e um grande jardim vertical. Um amplo salão com área gourmet, estar, bar, sauna e vestiário completam o andar. Descendo mais um lance de escadas chega-se ao andar íntimo e suas três suítes, Family room e brinquedoteca.

Fotógrafo: Leonardo Finotti e Jacques Paul Barthelemy (drone)

Memorial Mata Ciliar

Arquitetura orgânica e integração