Ano:
1991
Área Total:
2.000m²
Localização:
Hebrew University of Jerusalem
Jardim da Árvore da Vida
O projeto do Jardim da árvore da Vida foi concebido para a cidade de Jerusalém e baseado em tradicionais símbolos de Israel. É um jardim para a contemplação, onde todos os caminhos (os caminhos da Árvore da Vida) nos levam ao espaço da paz, local de conferências, encontros e meditação.
O jardim é composto de quatro grandes círculos, envoltos numa densa vegetação nativa. O projeto visa marcar o terreno ao mesmo tempo que se insere no contexto da paisagem do Monte Scopus:
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Círculo I – Entrada
Através de uma abertura entre muros e aleas de Ciprestes chegamos ao primeiro círculo.
Painéis de cerâmica e espelhos d’água refletem formas e cores, dando a necessária dimensão ao espaço. Ao centro, uma pira flamejante interrompe a experiência visual cotidiana e permite ao visitante a melhor percepção global de todo o jardim.
Círculo II – Terra, Fogo, Agua e Ar
Através de uma escada circular, temos acesso ao segundo círculo. O espaço está rodeado por uma cortina de água e, no centro, estão localizadas as esculturas de Sulamita Mareines.
São quatro cubos medindo 3m x 3m x 3m, feito de blocos de vidro, onde o visitante entra e participa das obras de arte. Canteiros de flores nativas e oliveiras plantadas em toda a volta complementam a densidade do espaço.
Círculo III – Árvore da Vida
Neste nível se abre totalmente a vista panorâmica da velha cidade de Jerusalém. A densa massa de oliveiras é substituída por imponentes palmeiras, que reforçam a amplitude e o vazio da paisagem, assim como a perspectiva da vista. Somente os bancos para descanso e contemplação estão sobre a linha do círculo. Escavado sob este nível, um outro espaço é construído, e é nele que encontramos o diagrama da Árvore da Vida encravado. A forma do símbolo é delineada por caminhos de água, que se encontram nos círculos (sefiroth) com suas cores correspondentes. O ambiente é completado pelo brilho e pelo ruído das cascatas laterais.
Círculo IV – Câmara da Paz
Uma área subterrânea abriga um pequeno anfiteatro. Este espaço será usado para conferências, encontros e meditação. Jerusalém é o fator determinante deste projeto.
Um raio de luz natural guia o olhar do visitante para uma parede de vidro, do piso ao teto, descortinando a dourada cena de Jerusalém.
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Concepção e Esculturas: Sulamita Mareines
Paisagismo: Roberto Burle Marx e Haruyoshi Ono